sábado, 9 de junho de 2007

O Vermelho e o Negro








Acordou feliz naquele vinte e cinco de abril. Faziam exatos três anos que conhecera Cláudia, a mulher de sua vida. Amava-a, como nunca amara outra mulher. Comprou flores e um vestido vermelho - a cor preferida dela. Seguiu radiante para encontrá-la na casa, alugada há poucos meses, duas horas antes do combinado.
Estacou, estupefacto, ante a visão de sua amada - de espartilho, cintas-ligas e meias sete oitavos vermelhas - sendo selvagemente sodomizada pelo negro, sobre a cama na qual tiveram tantas noites de amor. Comeu as rosas vermelhas, uma a uma, vermelho de raiva.


Carlos Cruz - 06/06/2007

3 comentários:

Doctor t. disse...

gostei da ironía !!

fazer um nanoconto comm o título do "calhamaco" de Standahal !!!

Ou será que foi com o Flamengo ?

depois de perder à copa do brasil ?

gostei mesmo !

Adriana Rodrigues disse...

Gostei,hahahah...

Larissa Marques - LM@rq disse...

Sarcástico, muito bom!