segunda-feira, 18 de julho de 2016

chiste nº 05



-o negócio é putaria, meu irmão. neguim fica nessa de meu amorzinho pra cá, meu chuchu pra lá, meu docinho de coco pra acolá... amorzinho é o cacete! o lance é meter com força, dar tapa na bunda, mandar rebolar, chamar de vagabunda, é isso que funciona, é disso que elas gostam, ISSO é amor. esse papo de andar de mãos dadas na praça, colher flores, correr atrás de borboleta é coisa de afrescalhado que tem nojo de chupar xereca. tem é que cair de língua, meter a cara com vontade, besuntar a fuça até ficar brilhando, tá ligado? fazer a mulher subir pelas paredes de tanto gozar. o que eu queria mesmo é saber falar uma porrada de idiomas, ia pegar geral aquelas gringas gostosas que vão lá no coliseu assistir aos leões comerem os irmãos. ô, se ia.
-mas, Paulo, você não pode dizer uma coisa dessas. os corinthianos podem até gostar, mas os coríntios, arrisca debandarem geral de volta pras barras do saiote de césar. se isso acontecer, o Mestre vai ficar tão puto que é capaz de disparar outro flash na sua cara que vai te deixar cego para todo o sempre, amém.
-tá bom, tá bom, caceta, escreve aí, então: ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine...
melhor: vamos mudar esse final pra aquele do renato russo, fica mais musical e a galera pode cantar em volta da fogueira, enquanto fuma um beck.

chiste nº 04



-infeeeeerno! cacura sem bofe que te apunhala pelas costas depois faz a egípcia é uó. quem essa cambada de motherfuckers pensa que é pra colocar em dúvida minha sexualidade? chego quase a ovular de ódio. tudo bilu com picumã do equê sem nenhum aqué que só quer aquendar, mas quando consegue um bofe, lá uma vez ou outra, passa cheque e espanta o boy. esses suns of a bitch adoram um babado fortíssimo, quanto maior o bafão, melhor. eu sou um súdito fiel de Sua Majestade, sou macho man, em vez de ficarem especulando sobre minha vida sexual, vão fazer um blow job num big dick!
-mas, Shakespeare, não é legal um dramaturgo da sua envergadura dizer uma coisa dessas. aliás, nem você nem seus personagens. os críticos vão cair de pau.
-ok, ok, man, escreve aí, então: ser ou não ser, eis a questão.
*premeditando o óbvio: essa série filosófico-histórico-literária não passa de um apanhado de chistes apalermados e absurdóides, logo, favor não exigir lógica, verossimilhança ou compromisso com a verdade e/ou nada de porra nenhuma.

chiste nº 03



-ora pois, só fico nessa porra desse país de merda, nesse calor dos infernos e aturando essa gente feia, fedorenta e suarenta porque papai ficou de mandar um navio cheio de putas francesas e holandesas que, segundo eu soube, sabem dar até bicicleta em cima do pau. as putas de acá até que não são de se jogar fora, mas, além de banguelas, têm um futum de xereca suja filho da puta. exigi também uma carga do melhor bacalhau e vinho do porto do bom. aí, tudo bem, dá pra aguentar mais um tempo, eu fico nessa caralha.
-mas, príncipe, vossa alteza não pode falar assim. o que dirão os historiadores?
-tá bom, vá lá, vá lá, escreve aí, então: Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.

chiste nº 02



-porra, tománocu, vocês pensam que eu sou o quê? uma barsa ambulante, um vade mecum de vestidão, o google sem aquela voz de mulher-robô? sifudê, pô. eu sei uma porrada de coisas mas não sei tudo, caralho!
-mas, Sócrates, você não pode dizer isso. geral vai ficar assustado e correr pra roda dialética do Platão.
-tá bom, tá bom... puta que pariu... escreve aí, então: só sei que nada sei.

chiste nº 01



-meto o pé na jaca mesmo, encho a cara, fodo pra caralho, eu quero é viver o agora sem pensar no amanhã, que se foda o amanhã, o amanhã não existe, meu pau existe, eu existo.
-mas Descartes, você não pode dizer um negócio desses, não pega bem.
-tá bom, escreve aí, então: penso, logo existo.