Falópio não toca trompa
ainda que lhe sobeje pompa
carece de talento.
Versejar sobre o intento gerativo
Parir a seco ostras sem pérolas, sem lauréis
Tornar-se trama de mamas e menestréis
Não querer não ser mas ainda assim existir
Criar e procriar as criaturas que criarão e procriarão
Genitora pai de ser (o sacripanta do inferno cão).
Fêmea que doa à toa numa boa a coroa
Parafraseia a farsa falha chauvinista dos sem-chave
Lidera a rústica rebelião aparvalhada das esteiras de palha
Estorva a benemesse dos rufiões filhos da pútrida maquiada
Finca o ranço dos descamisados ornamentados com colares de ouro
Tonifica seu tônus, lubrifica seus ânus, flâmula causticante.
Abre-se, Césamo, para o porvir das ninfas criadas de Hades
Ardam, escapistas alpinistas de vulvas capilares proeminentes
O fusca ofusca suas vicissitudes vãs de pulhas ordinários
Crentes pernósticos atabalhoadamente jogam seus dados sovinas
Dementes, descontentam e gargalham euforicamente
Ser mulher é melhor que ser uma inútil e burra golfada de porra.
Gosto do gosto da uva
Porque ma tenho, linda e má.
Pairo
Gozo
Avalancho.
Volátil
Vulva.
Carlos Cruz - 29/03/2009
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